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Por — Para o Valor, do Rio


Justina Nixon, da IBM: “Sempre que há uma nova tecnologia, há redução de posições, mas há também oportunidade de criação de outros empregos” — Foto: Divulgação/Web Summit
Justina Nixon, da IBM: “Sempre que há uma nova tecnologia, há redução de posições, mas há também oportunidade de criação de outros empregos” — Foto: Divulgação/Web Summit

A ascensão da inteligência artificial generativa fez todo o setor de tecnologia de informação e comunicação (TIC) redefinir suas estratégias, focando na porção de mercado que poderá amealhar.

Ricardo Santana, sócio-líder de inteligência artificial da KPMG, afirma que os grandes provedores de nuvem - Microsoft, Google, AWS (Amazon) e IBM - investem em plataformas de LLM (Large Language Model, modelo de rede neural como o ChatGPT) de olho no aumento do consumo que a IA vai gerar no mercado.

Fornecedores de software, como SAP e Oracle, estão procurando embutir a IA em suas aplicações. E novos e tradicionais fabricantes de chips se movimentam para ganhar parte da demanda da Nvidia, que controla cerca de 80% do mercado de chips de IA, com clientes como OpenAI, criadora do ChatGPT, Microsoft, Alphabet e Meta. Em 2024, as ações de Nvidia dispararam quase 60%, elevando o valor da empresa para US$ 2,1 trilhões, atrás apenas da Microsoft e da Apple.

“O protagonismo da Nvidia é fruto de um trabalho que começou há 16 anos. Temos uma única fábrica em Taiwan, na planta da TSMC, maior fabricante de chips do mundo. Agora várias empresas acordaram e enxergaram que essa é uma tecnologia que eles podem desenvolver”, diz Marcio Aguiar, diretor da divisão enterprise da Nvidia para América Latina.

O rol de novos competidores inclui fabricantes de chips - como Intel, Qualcomm e AMD - e os próprios parceiros de nuvem, como Amazon, Microsoft e Google. “O grande diferencial da Nvidia é que nossas plataformas de hardware e software estão disponíveis em todas as nuvens. O modelo é de coopetição [competição cooperativa]”, diz Aguiar.

Luis Meisler, vice-presidente da Oracle para a América Latina, diz que a demanda pelas soluções de hardware e software da Nvidia tem gerado filas de espera de até um ano. A Oracle tem estratégias para nuvem, aplicativos e infraestrutura de hardware - esta último em parceria com a Nvidia.

Alexandre Maioral, presidente da Oracle Brasil, conta que a empresa constrói superclusters, máquinas interligadas com altíssima velocidade. A partir de junho, ofertará um modelo (H100) voltado para processamentos mais complexos. “Nos EUA, já estamos com U$ 81 bilhões de contratos assinados para utilização nos próximos 12 meses, 90% são de plataforma de IA. Na oferta de ‘software as a service’ [SaaS] de nossas aplicações, os clientes recebem a cada três meses atualizações que, em breve, incluirão IA generativa.”

Marcelo Braga, presidente da IBM Brasil, afirma que a empresa se posiciona como uma provedora de inteligência artificial para negócios com o LLM próprio Granite, mas com estratégia multicloud e multi-LLM. “Temos parceria com o LLama 2 da Meta e o Hugging Face, ofertados com plataforma de governança de IA integrada a governança de dados, para dar às empresas segurança, curadoria e identificação de vieses”, diz Braga.

No ano passado, o CEO global da IBM, Arvind Krishna, anunciou que planejava reduzir a contratação de cerca de 26 mil funções de back office não voltadas para o cliente, das quais 30% poderiam ser substituídas por IA em cinco anos. Justina Nixon, vice-presidente e diretora de impacto global da IBM, minimizou o efeito que a IA terá em termos de redução de empregos, informando que a empresa tem conduzido programas, com universidades e governos, focados em capacitação e letramento em IA.

“Sempre que há uma nova tecnologia, há redução de posições, mas há também oportunidade de criação de outros empregos. Desde 2021, 11,5 milhões de alunos tiveram acesso a treinamento gratuito da IBM. Assumimos o compromisso de capacitar 2 milhões de pessoas com habilidades exigidas pela inteligência artificial nos próximos três anos”, informa Nixon.

Os players globais de serviços digitais incorporam a IA em seus próprios processos para terem capacidade de conduzir seus clientes na implementação da inteligência artificial. Para Cesar Gon, CEO e fundador da CI&T, há muita euforia e em torno da IA e pode haver frustração. “As pessoas superestimam os benefícios para os próximos dois anos e subestimam o impacto em dez. O ano de 2024 vai ser o ano da desilusão com a IA. O risco disso é a empresa não agir com algo que vai mudar o mundo de uma maneira drástica”, diz Gon.

A Getronics se associou à OneReach.ai para oferecer soluções de IA conversacional aplicada ao fortalecimento da experiência do consumidor. “O nosso próximo passo será utilizar IA para agilizar o desenvolvimento de sistemas”, afirma Elisabete Mleczak, diretora comercial global (CCO) da Getronics.

Sebastián Miserendino, CTO para América Latina da Globant, diz que a empresa e seus clientes estão implementando projetos de IA internos, com a vantagem de não exporem a empresa. “Quando a empresa está mais madura passa a criar campanhas personalizadas, podendo, em seguida, levar a IA para contato direto com o público”, diz Carlos Morais, diretor-executivo da Globant no Brasil.

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