Cristiano Herbert: uma história de vida improvável até a liderança da Office Total

CEO da empresa conta sua jornada e detalhes das mudanças na companhia

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12:26 pm - 19 de dezembro de 2023
Cristiano Herbert, CEO da Office Total

O início da conversa, ainda informal, sobre oportunidades de vida foi o estopim para a primeira parte da minha conversa com Cristiano Herbert, CEO da Office Total. Ele logo me confidencializou sobre como a sua história de vida era improvável.

“A probabilidade era baixa de chegar aonde cheguei. Eu estudei em escola pública, era filho de mãe solteira. Até que passei no Colégio Técnico da UFMG e passei no ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica. Dava para contar em uma mão quem era de escola pública em uma sala de 130 alunos”, se emociona.

Herbert, então, se formou em Engenharia da Computação. Mas, sua história com os computadores começou antes. Ele tinha um tio que tinha algumas máquinas e ganhou um novo computador em uma rifa e o presenteou. “Isso mudou a minha vida e com 15 anos estava programando sites sozinho.”

No ITA, o executivo entendeu ter um perfil mais de liderança e gente. Surgiu a vontade de relacionar os negócios com a tecnologia e, assim, impactar a sociedade. Herbert foi trabalhar em consultoria e depois se aventurou no empreendedorismo na fundação da Global Fashion Group. De lá, ficou cinco anos na Centauro e, desde março de 2018, está na cadeira de CEO da Total Office.

“Foi um baita desafio. Era a minha primeira vez como CEO, com 32 anos e a trajetória da Office Total não é linear. No primeiro ano, foi muito sobre reestruturação e no segundo ano achamos o caminho de crescimento por M&A”, conta Herbert.

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Entretanto, esse caminho não foi tão fácil. Na pandemia, uma crise: a Total Office era uma empresa que alugava impressora para escritórios e, agora, todos estavam em casa. Os ouvidos se abriram para a inovação e a companhia tomou a decisão de diversificar.

Hoje, trabalha com tecnologia por assinatura. Ou seja, cada hardware de TI tem um modelo recorrente mensal e com serviços agregados. São mais de 30 itens, como computadores, celulares, tablets, scanners, telas inteligentes, servidores, entre outros.

“Quando fechamos um contrato de impressora, por exemplo, podemos fazer desde a manutenção básica, até os suprimentos, colocar na rede, gestão do usuário, autenticação do crachá”, exemplifica ele.

Na área de impressão de exames radiológicos, os serviços também agregam: tratamento da imagem para imprimir melhor, conectar com o sistema, armazenamento e impressão sob demanda. Agora, a Office Total está com um projeto em fase beta para raio-x do pulmão em que um parceiro faz um pré-laudo com Inteligência Artificial. Em 80% dos exames, a tecnologia diz com precisão de 98% o pré-laudo e, nos outros 20%, aponta não ter a capacidade. Todos esses documentos vão para o médico validar.

“Nós vendemos conveniência. Ao alugar somente um produto, é commodity. Quando vende o serviço, é conveniência. Em 2021 nós estruturamos essa oferta nova, em 2022 fizemos as aquisições e, em 2023, nos estruturamos para o futuro”, resume Herbert.

Hoje, a Office Total tem 400 funcionários e cinco filiais fora os dois escritórios localizados no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em 2022, a companhia cresceu 50% com as aquisições e 20% em crescimento orgânico no faturamento. Para 2023, a expectativa é crescer acima dos valores de 2022.

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Laura Martins

Editora do IT Forum. Jornalista com mais de dez anos de atuação na cobertura de tecnologia. É a quarta jornalista de tecnologia mais admirada no Brasil, pelo prêmio “Os +Admirados da Imprensa de Tecnologia 2022” e tem a experiência de contribuições para o The Verge.

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